Em algumas casas reais, como a francesa e a portuguesa, os bastardos recebiam uma diferenciação em suas armas que indicasse a condição de ilegítimo. Na Inglaterra, há o "Bar Sinister", uma ou cotica do cantão inferior da destra ao superior da sinistra (uma contra-banda), mas que não toca a borda do escudo.
Charles Lennox, Duque de Richmond, bastardo de Charles II do Reino Unido. |
No caso específico de Portugal, era um filete de negro, em contra-banda.
Noutras casas, como a de Castela e Leão, os escudos eram geralmente modificações das armas reais, mas com organização diversa da original, e não havia um "abatimento" em si. Um bom exemplo é o brasão de Fadrique, filho de Afonso XI de Castela e Leão, e de sua amante preferida, Leonor Sanchéz de Guzmán. Ele usa as armas de Castela e Leão, mas num terciado em mantel, com Castela nas duas primeiras divisões e Leão na ponta.
Mas voltando à nossa discussão, ou melhor dizendo, à discussão que eu li. Escreve o primeiro interlocutor, comentando um escudo com diferenciação.
"Mas neste escudo não aparecem as armas próprias do reino, e sim uma diferenciação por bastardia, o que é uma mácula nas armas."
Em seguida, o outro o responde.
"Se eu tivesse algumas armas reais, eu obviamente as usaria, não importando se possuem ou não diferença de bastardia."Essa conversa me deixou interessado em saber da opinião dos outros sobre isso. Então para hoje temos uma enquete. Quero a opinião de vocês sobre a seguinte pergunta:
Na antiguidade a bastardia era algo que poderia causar certo desconforto social, mas, á partir do momento que o soberano reconhece um filho, mesmo fora do casamento, há a "chancela real" desse descendente. Modernamente, o reconhecimento gera status social. Portanto, se ocorresse comigo, usaria com orgulho, pois se houve "erro" não seria meu, e sim dos meus pais, e a permissão do uso de armas, mesmo com a "marca" da bastardia significaria minha ascendência nobre e o busca do meu pai em me compensar.
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