quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Colégio de Armas e Consulta Heráldica do Brasil

Quanto mais me aprofundo em Heráldica, mais me apaixono por esta ciência. No último dia 1, enquanto eu fingia ter mudado para umas armas novas, chegou para mim um volume da Revista Mundo Ilustrado, edição do fim de Janeiro de 1955 (61 anos, portanto). Esse volume traz em sua página central um artigo de duas páginas sobre o Colégio de Armas e Consulta Heráldica do Brasil, seus membros e um texto sobre a monarquia brasileira. Infelizmente o meu scanner é pequeno para uma cópia em qualidade satisfatória da página. No futuro, posso disponibilizar ao menos o texto integral desta publicação. Por ora, uma foto da publicação deve matar a curiosidade dos leitores.

Não tenho muitas informações sobre o tal Colégio, mas até onde eu pude apurar, foi fundado a 6 de novembro de 1951, na então capital federal, o Rio de Janeiro. Num Anuário de membros postado no ano de 1954, contava com membros na França, Luxemburgo, Espanha, Suécia, Portugal, entre outros. O escritor, genealogista e heraldista Salvador de Moya era membro correspondente da academia em São Paulo, na época deste anuário.

Seu presidente era Gustavo Barroso, um grande heraldista citado em bastantes matérias sobre heráldica e genealogia ainda hoje, e tinha como membro, além de Salvador de Moya, outro grande heraldista, também já falecido, Rui Vieira da Cunha. Este último conta com grandessíssimas obras sobre a nobreza imperial, incluindo heráldica, que no futuro com certeza quero ter em minha coleção.

As armas do Colégio de Armas e Consulta Heráldica do Brasil aparecem no topo da primeira imagem deste artigo. Não é uma impressão em cores, nem há o sistema de traços, e muito menos há um brasonamento que informe,então acabei usando do bom e velho instinto para chegar a cores para as armas. No fim, fiquei com:
De prata, uma cruz da Ordem de Cristo, com uma bordadura de azul carregada de dezenove estrelas de prata. Como timbre, uma esfera armilar. Como suportes dois bastões  rematados por duas esferas armilares de ouro, unidos por um laço de vermelho. Todo o conjunto assente num manto de vermelho, este timbrado de uma coroa antiga.
As armas do Colégio de Armas e Consulta Heráldica do Brasil.


2 comentários:

  1. Parabéns, RAFAEL, esse exemplar de o "Mundo Ilustrado", década de 1955, foi impresso pelo processo de "rotogravura", usual na época é extremamente raro...!!!! Eu tenho recortes dessa publicação, mas a a parte final do texto foi perdida...!!! Sugiro, ou melhor, peço que V. digitalize essas páginas, ainda que em partes, e disponha para os interessados, eu inclusive.Excelente a sua reprodução das Armas do "Colégio de Armas e Consulta Heráldica do Brasil", a qwuial estou baixando para minha coleção. Como já contei anteriormente, o acervo do Colégio de Armas, por disposição testamentária do Dr. Gustavo Barroso, foi entregue à guarda do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Mas quando a "mui douta et ilustrious" Senhora Vera Lucia Bouttrel Tostes assumiu a direção (vitalícia) desse Museu, ela "sequestrou" esse acervo, que foi devidamente trancado a sete chaves e indisponibilizado para consulta pública ....Como o assunto interessa a muito poucas pessoas, nem mesmo o último membro do Colégio, ainda vivo na época, Dr. Rui Vieira da Cunha, contestou essa atitude da "dona da Heráldica no Brasil"...e isso me foi confirmado pelo próprio....!!!!!!!!!

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  2. ENVIO MEUS PARABENS PELO BELISSIMO ARTIGO O COLEGIO DE ARMAS E CONSULTA HERALDICA DO BRASIL FUNDADO EM 1951. SEU BOLETIM FOI PUBLICADO DE 1955 A 1958 POR OBRA DO ENTÃO DIRETOR DO MUSEU HISTORICO NACIONAL PROF. GUSTAVO BARROSO, FALECIDO EM 1959 FOI SUBSTITUIDO NA PRESIDENCIA DO C.A.C.H.B. PELO MINISTRO EDGAR COSTA ATÉ 1970 QUANDO FALECEU. OS MEMBROS PERMANENTES DO CONSELHO COLOCARAMINTERINAMENTE O CORONEL DR. SALVADOR DE MOYA COM PRESIDENTE INTERINO DO CONSELHO PERMANENTE ATÉ QUE FOSSE ESCOLHIDO UM NOVO PRESIDENTE OU FOSSE FORMALMENTE DISOLVIDO O CO,EGIO DE ARMAS. COM A MORTE DE SALVADOR DE MOYA EM 1973 FORAM MORRENDO OS ULTIMOS SOCIOS PERMANENTES SEM QUE SE CONVOCA-SE NOVOS SOCIOS SENDO OS ULTIMOS PERMANENTES MORTOS, PROFESSOR IVOLINO DE VASCONCELLOS EM 1995 E PROFESSOR DR. RUI VIEIRA DA CUNHA EM 2003, E PELOS ESTATUTOS OS MEMBROS HONORARIO E CORRESPONDENTES NÃO TINHAM DIREITO A VOTO O COLEGIO DE ARMAS FOI FORMALMENTE INSTINTO EM 2004 JÁ QUE OS HONORARIOS E CORRESPONDENTES NÃO TINHAM DIREITO A VOTO. UMA CORREÇÃO NA DESCRIÇÃO DO BRASÃO DE ARMAS DO COLEGIO É NAS CORES DOS ESMALTES DA CRUZ DE CRISTO QUE VAI EM VERDE E NÃO E VERMELHO COMO CONSTA NA INSIGNIA DOS MEMBROS DO C.A.C.H.B. ABRAÇOS.

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