Muitas vezes, entre uma e outra fonte há diferenças de proporção nos escudos. Vera Lúcia Bottrel Tostes, em seus Princípios de Heráldica, e Luís Marques Poliano, em seu Heráldica, defendem que o escudo, independente da forma, deve possuir sempre a proporção de oito de altura por sete de largura.
Essa proporção é a que aparece, por exemplo, nos Brasões desenhados no Arquivo Nobiliárquico Brasileiro dos Barões Vasconcelos.
Armas Imperiais do Brasil, no ANB. |
Outras fontes, dentre as quais os blogs da Comunidade Heráldica Espanhola, defendem a proporção de seis de altura por cinco de largura. Seis por cinco é inclusive a proporção adotada para o desenho oficial das armas de SM o Rei Felipe VI da Espanha, de acordo com o Decreto que as concede.
Armas sugeridas para a Heráldica, por Carrión Rangel. |
Infantaria Italiana 1000-1300. Ilustração de Ian Heath. |
Qual das duas lhes parecem mais correta? |
Pensando em conceitos como tempo, tradição, momento histórico da heráldica e na própria figura física do escudo, decidi manter, nos meus desenhos heráldicos, as duas proporções. Quando produzindo escudos ibéricos (boleado, português, espanhol), manterei a proporção de 6 por 5, por ser a atualmente utilizada pela única autoridade exclusivamente heráldica oficialmente em funções na península ibérica, o Cronista de Armas de Castela e Leão. Para os escudos no estilo Samnítico (Francês, ou como eu carinhosamente apelidei, Brasileiro), manterei a proporção de 8 por 7. No fim das contas tudo depende do armigerado a ser representado. Sua origem, sua história, et cetera.
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