Tem ainda o diferencial de ser perto de casa. Em tempos de crise, viver sozinho numa cidade grande acaba fazendo muito mal aos bolsos. Outro diferencial é que a heráldica, sendo uma área de conhecimento paralela à história, pode se tornar mais para frente, não apenas um hobby, mas quem sabe até uma profissão. Um curso de pós-graduação em heráldica seria um sonho. Grandes iniciativas nas quais eu me engajaria e faria de tudo para acontecer.
Mas antes das grandes iniciativas, vamos às pequenas. No último fim de semana, produzi um breve (talvez possa ser dito "brevíssimo") compêndio de desenhos das armas dos 15 vice-reis do Brasil. Uma diagramação simples, a impressora de casa e uma encadernação barata foram suficientes para a minha cópia da obra.
Até me perguntaram se eu não ia publicar em papel. Mas não o farei por três motivos.
- Há material de domínio público, utilizado nos desenhos. Não acho correto lucrar com o trabalho dos outros.
- Heráldica é um gênero editorial "de nicho". E quase todas as fontes que eu usei para esse trabalho estão disponíveis na internet. Provavelmente eu não venderia nem vinte cópias.
- É um trabalho definitivamente pequeno. O João Paulo Oliveira, heraldista alagoano, compilou os símbolos nacionais do Brasil desde 1815 até atualmente, e tem o dobro das páginas deste. A minha ideia era fazer realmente algo breve, então não faz sentido publicar fisicamente algo tão pequeno. Deixa para quando tiver bem mais material, e eu produzo um grande armorial luso-brasileiro como monografia de conclusão de curso superior.
Ótima iniciativa. Parabéns!
ResponderExcluirParabéns...!!!!!! Toda iniciativa sobre heráldica brasiliana é sempre bem vinda....!!!!!!!
ResponderExcluirRelendo sua apresentação acima, noto que V. fala da realização de um "grande armorial luso-brasileiro" como monografia de conclusão de curso. É preciso, no caso, entender o que V. quer dizer com "luso-brasileiro", pois para isso já existem o ARMORIAL LUSITANO (Lisboa 1981, com os Escudos de Armas e Timbres), a ARMARIA PORTUGUESA (Lisboa 1911-1917) de Braamcamp Freire, o INDICE HERALDICO (Lisboa 1872) de Sanches de Baena, e o ARCHIVO NOBILIARCHICO BRASILEIRO (Lausanne 1918) dos Barões de Vasconcellos. Um trabalho que considero muito importante, que eu inclusive estruturei e iniciei, mas que devido à dificuldades de idade não posso levar adiante, seria o ARMORIAL COLONIAL LUSO-BRASILEIRO, que engloba cerca de 300 Brasões de Armas concedidos pelo Reino a portugueses estabelecidos no Brasil, e também a alguns brasileiros natos, durante o período colonial. Essas pessoas deixaram descendentes até à ápoca atual, e acreditamos que seria esse Armorial algo inusitado e de grande interesse para todos. Esse Brasões estão, na maioria, registrados na obra ARCHIVO HERALDICO-GENEALOGICO (Lisboa 1872) do Visconde de Sanches de Baena, e vários outros mais no livro BRASÕES INÉDITOS (Lisboa 1906) de José de Souza Machado. Que tal pensar no assunto....??????
ResponderExcluirRenato, ainda agora li este comentário. A ideia ainda é algo a ser bem pensado, sequer sei como aplicaria isto na graduação em história atualmente. Porém, ela existe, para englobar armas ligadas ao Brasil, desde Cabral até as mais recentes armas assumidas no excelente registro heráldico que o Leonardo Piccioni, amigo deste blog, tem mantido tão bem.
ExcluirTalvez seja um pouco ambicioso demais, porém é uma ideia. Os dados deste Armorial que v. estruturou e iniciou, evidentemente fariam parte do conteúdo deste armorial idealizado que existe atualmente apenas na minha cabeça, e esbarra na falta de conteúdo e disponibilidade de tempo, recursos e contatos para conseguir mais material.
Um bom começo seria se debruçar sobre a publicação intitulada BRASÕES DE ARMAS - CATARINA PARAGUAÇU MÃE DAS MÃES BRASILEIRAS do Christovão de Avila.
ResponderExcluir