segunda-feira, 7 de setembro de 2015

As Armas Nacionais do Brasil através dos tempos

Dia da Independência, eu não tinha um post planejado. Não queria ser tão político postando o Brasão Imperial, principalmente quando o Movimento Monárquico Brasileiro anda por caminhos tão confusos.

Mas política a parte, e pra ocupar-me durante o dia fiz uma cronologia dos Brasões (ou ao menos dos escudos) históricos do país.

Blogger, era pra ficar pequeno assim?
Acho que é o Header novo que está muito grande...

Na sequência:

Primeiro, as armas do Estado do Brasil, como vistas no Thesouro da Nobreza, 1675; Provavelmente baseadas nas armas do Lendário Reino de Sobrarbe na Coroa de Aragão, eram armas falantes (ou parlantes como prefira), representando os primeiros nomes do País, Terra de Santa Cruz (Cruz) e Terra do Brasil (A árvore decerto representava um Pau-Brasil).

A Árvore de Sobrarbe aparece no primeiro quartel das armas históricas de Aragão.
Segundo, as armas do Reino do Brasil, 1815. Um fato curioso é que nas armas do Reino Unido, Portugal era representado pelas quinas, os Algarves pela bordadura de castelos e o Brasil pela esfera Armilar que servia de suporte. De fato, uma solução mais patriótica que dizer que a bordadura representava a ascendência castelhana do Rei que a adicionou.

Terceiro, as armas do Reino e depois do Império do Brasil Independente, de 1822.

E por fim, as armas dos Estados Unidos do Brasil, de 1889, mantidas para a República Federativa do Brasil, denominação atual.

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CORREÇÃO: Hoje (11/09), li o decreto da fundação do Reino Unido, que passo a citar:

“Dom João, por Graça de Deos, Rei do Reino Unido de Portugal, e do Brasil, e Algarves, d’aquém, e d’além mar em Africa, Senhor de Guiné, e da Conquista, Navegação e Commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, &c. Faço saber aos que a presente Carta de Lei virem: Que tendo sido Servido Unir os Meus Reinos de Portugal, Brasil, e Algarves, para que juntos constituissem, como effectivamente constituem hum só e mesmo Reino; he regular, e consequente o incorporar em hum só Escudo Real as Armas de todos os tres Reinos, assim; e da mesma fórma que o Senhor Rei Dom Affonso Terceiro, de Gloriosa Memoria, Unindo outróra o Reino dos Algarves ao de Portugal, Unio tambem as suas Armas respectivas: E occorrendo que para este effeito o Meu Reino do Brasil ainda não tem Armas, (grifo meu) que caracterisem a sua merecida preeminencia, a que Me Aprouve exalta-lo: Hei por bem, e Me Praz Ordenar o seguinte.
I. Que o Reino do Brasil tenha por Armas huma Esféra Armillar de Ouro em campo azul.(...)"

Assim sendo, fica corrigida a minha falha em dizer que estas eram presumidas, afinal estão claramente citadas no Decreto joanino.

Referência: Carta de Lei, pela qual Vossa Magestade Ha por bem dar Armas ao seu Reino do Brasil, e incorporar em hum só Escudo Real as Armas de Portugal, Brasil, e Algarves, para Symbolo da União, e identidade dos referidos tres Reinos, s/l, Impressão Regia, 1817.


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