quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vlad III Draculea, príncipe da Valáquia

Esqueçam essa história de Vampiro, ao menos por aqui. Vladislaus Draculea, também conhecido como Tepeș (Empalador), foi Príncipe da Valáquia por três vezes, tendo sido um dos mais bravos soberanos guerreiros cristãos da Europa do Leste, na luta contra a expansão muçulmana para a Europa, nos anos de 1400.
Desenho das Armas de Vlad III Draculea, por Radu Tiron
Muito do que fez Draculea passar a ser conhecido como Drácula é decorrência de suas atrocidades contra seus inimigos. Com o tempo, outros fatores contribuíram para enodoar mais ainda a reputação de Draculea. Vlad II, pai de Draculea, recebeu o apelido de Dracul (Dragão) ao receber a Ordem do Dragão, honraria do Sacro Império.

No idioma romeno moderno, a palavra Dracul significa também diabo. Assim sendo, com o tempo e com suas histórias de atrocidades cometidas em combate espalhadas pela Europa, Draculea passou a "Filho do Diabo", o que levou à criação da história do Conde Drácula.

No fim das contas, o mito que se criou à volta de Draculea é apenas isso, mito. Até hoje, na Romênia e na Moldávia, ele é reconhecido como heroi, por defender a cristandade do avanço otomano.

domingo, 25 de maio de 2014

Gentilezas Heráldicas (III)

O intercâmbio entre os heraldistas nunca esteve tão na moda. Depois de receber desenhos das minhas armas feitos por Francisco Cervantes e Rolando de Ynigo, Hoje foi a vez do Leonardo Piccioni (blog) deixar um desenho na minha caixa de entrada.



Como usual retribuição, encaminhei para ele um desenho de suas armas, que na minha opinião são das mais distintivas que já vi usadas entre os heraldistas que conheço: Cortado, o primeiro de ouro, semeado de mosquetas de azul, com um leopardo rampante guardante de púrpura, armado e lampassado de azul, o segundo de azul, com uma cruz ancorada de ouro.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Arminhos


Olá leitores. Essa é só uma lenda que eu ouvi por aí e vou recontar, quiçá poeticamente. É sobre um arminho, animal que é timbre das minhas armas.

 Foto por Sergei Golyshev. Licença Creative Commons BY-NC-ND


Conta-se que, num dia de inverno ou talvez início de primavera, Ana da Bretanha, então Rainha da França, saiu para uma caçada com sua corte. O ladrar dos cães, as presas a fugir... Ana assistia tudo de forma calma, talvez até mesmo entediada. Mas algo lhe chamou a atenção. Os caçadores perseguiam um arminho. Pelo branca como a neve, com a ponta da cauda negra como a noite. Era um animal valioso, sim. Seu pelo, macio e branco, era usado para ricos e ornamentados mantos.

O animalzinho fugia aos saltos, tentando a todo custo escapar de tornar-se parte integrante do traje de um humano. Enquanto isso, os caçadores o perseguiam, e à medida que o perseguiam, notavam chão mais úmido sob seus pés. Estavam nos arredores de alguns charcos, e o terreno pantanoso lhes requeria atenção, para não cair na lama.

Ana observou então que não eram apenas os caçadores que evitavam se sujar. A presa, aflita, saltava tentando fugir, não só de seus algozes, mas também do lamaçal pela qual estava cercada. Encurralado, logo o bichinho parou. Preferia ele ser morto a ter o alvor de sua pele maculado pela lama dos charcos?

-Potius Mori Quam Foedari... - os lábios da jovem sussurraram o lema da Bretanha, sua terra natal. Ana estava impressionada. Quanta coragem num bichinho tão pequeno. 

Ana viu-se na pele da criaturinha. também ela fora encurralada, forçada a casar para que os franceses não atacassem o seu Ducado. Ela era aquele arminho, e dele estava vestida. Havia um semeado de pontos de arminho em suas roupas, em algumas bandeiras e em tanto mais do que ela via naquela carruagem. Aquele arminho representava a Bretanha, encurralada pela França. 
Armas dos Duques da Bretanha por Katepanomegas. Licença Creative Commons BY-SA.

Solenemente, Ana ordenou: 

- Parem! Deixem-no em paz!

Céleres em cumprir as ordens da rainha, todos os soldados e caçadores abaixaram suas lanças, arcos, arbalestas e outras armas. Ana fez então o improvável. Descendo da carruagem, caminhou até onde estava o arminho e o recolheu. Diz-se que a pequena criaturinha não teve nenhum medo da jovem mulher que ali estava. Nos braços de Ana, o pequeno foi levado até a carruagem, onde foi alimentado e acarinhado pela jovem rainha.

Peço desculpas de antemão para quem for ler a versão traduzida pelo Google, que não está muito boa. Prometo que depois traduzo-o manualmente.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Gentilezas Heráldicas (II)

Antes de ontem, fui contatado pelo Rolando de Yñigo, e notei que ele adotou novas armas pessoais. Sendo assim, fiz pra ele um novo desenho de estandarte.

Em mais uma dessas gentilezas heráldicas, Yñigo postou mais um desenho das minhas armas lá no Todo es Heráldica.

Desenho esse já adicionado lá no post com as várias representações das minhas armas.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Gentilezas heráldicas

Mais cedo recebi mais um desenho das minhas armas, no grupo do Facebook Armorial de Heraldistas, do tão conhecido Fernando Martínez Larrañaga. Francisco Cervantes, heraldista mexicano, me presenteou com sua versão de "Un campo de sinople sembrado de flores de lis de oro".

Deixando já aqui o meu agradecimento, resolvi retribuir a gentileza com um desenho também. Mais cedo, durante uma aula tediosa na faculdade, rabisquei um escudo a lápis. Chegando em casa, ao ver o presente que Cervantes me fez, decidi usar as armas dele para tentar reproduzir digitalmente o meu desenho. Após alguns minutos cheguei a esse resultado. Espero que goste, Fernando: